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sábado, 8 de outubro de 2011

Tudo Muda, Nada é Para Sempre

Por Tiago Mazzon

Nada está parado. Tudo está em constante mudança. Nada permanece, pelo menos não aqui. Mas, como para toda regra há excecões, existem sim coisas que ficam. Nossos espíritos permanecem. Resistem à vida, ao tempo. São eternos.

O que pensamos e sentimos muda com o tempo. Sim, fazem parte das coisas que se transformam. Há também outra coisa que permanece. Os relacionamentos que construimos. Todas as pessoas que conhecemos, por mais que o tempo passe, sempre estarão ligadas a nós. Pois elas fazem parte de nossas memórias, e fizeram parte do nosso aprendizado e crescimento aqui. Todas as pessoas que conhecemos tiveram uma parcela no nosso crescimento pessoal, de graus menores a graus maiores. Logo, essas memórias, esses laços que nos ligam, fazem com que nunca estejamos realmente isolados um do outro. Laços que vão além da hereditariedade, além da raça e da espécie. São ligações que nos unem através das emoções, das experiencias interpessoais, dos amigos e dos inimigos, dos cônjuges e dos filhos…

Considerando esses laços que temos com as pessoas da nossa vida, e tudo o que aconteceu entre nós e elas, e tudo o que aprendemos com elas, tudo isso faz com que esses laços tenham um significado maior do que apenas uma conexão. Nós devemos a essas pessoas parte do nosso desenvolvimento. E elas, por sua parte, também tem determinada obrigação para conosco, pois também as ajudamos a crescer. O mais interessante disso é que até os inimigos nossos nos ajudaram a crescer, pois nos ensinaram diversas lições que os amigos não seriam capazes de nos ensinar. Nisso, é perceptível a beleza e singularidade com que D’us nos pôs neste cenário aqui. Ele nos pôs aqui para que aprendêssemos uns com os outros e fôssemos tolerantes entre si… para aprendermos a reconhecer nossas fraquezas e notar como a força do grupo é superior à força do indivíduo. Aliás, é impossível ser solitário estando aqui. A nossa condição nos faz buscar por companhia, por ajuda, por troca. Ele nos pôs aqui, talvez, para percebermos como somos iguais, e que isso vai além das aparências…

Ao chegarmos nesse ponto de entendimento, é facil deduzir em que ponto podemos chegar. Chegaremos, quando estivermos prontos, à dissolução de todo e qualquer preconceito que tenhamos para com o próximo. Entenderemos como somos todos irmãos, companheiros de jornada, Peregrinos da Vida, por assim dizer, num longo Caminho, que um dia, nos conduzirá à Luz e à Força interior que todos possuímos…. e daí estaremos completos, felizes, realizados com a Vida. Isso virá com o tempo. Se ainda não é possível entender tudo nesta vida, imagine então entender a próxima. As coisas tem seu próprio ritmo, sua cadência, sua frequência certa de ocorrer… e isso nos leva a outro pensamento… de que nada é por acaso, ou coincidência… mas isso já é assunto para outra oportunidade.

Que assim seja.

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