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sábado, 25 de abril de 2015

Carta a um Amigo

Amigo,
O objetivo da vida é a felicidade.
A felicidade não está na juventude, nem nas riquezas, nem nas ligações efêmeras, nem no domínio sobre os outros.
A felicidade só existe na consciência de si, na consciência da realidade.
Uma vez de acordo sobre isso que foi dito, não creia em nada sem que você mesmo o tenha verificado. A verdade alheia carece de valor para você, se você mesmo não a encontrou.
Dentro deste espírito, saiba que:
A realidade é imutável. Nada que dependa de mudança pode ser a realidade.
O múltiplo é irreal. Só o único é real.
Você é o único. Liberte-se da ganga do múltiplo.
O múltiplo é algo que nasce dos sentidos. O intelecto é o sentido dos sentidos.
Em última análise, tudo aquilo que tem nome ou forma se converte em onda do mental.
Seja independente da onda.
Fique indiferente aos movimentos do tom mental.
A serenidade é o objetivo mais alto que você pode estabelecer para seus próprios esforços.
Existe uma consciência de ser independente do intelecto. Esta consciência não pode ser adquirida pelo pequeno eu.
Ela germina, cresce e desabrocha por si mesma, dentro do silêncio total, nascido de uma serenidade firme e sustentada.
Deseje, ame, contemple este instante glorioso em que nem mal nem bem, nem sofrimento nem alegria, nem fracasso nem sucesso deixarão de lhe lembrar que a asa do pássaro não deixa rastro no azul do céu.
Se você avança para a vida através do caminho do conhecimento, avance com prudência.
Tudo é miragem. Seja vigilante. Ultrapasse as aparências. Descubra o que está por trás delas.
Quando seu coração palpita, sonde, duvidando, o fantasma que o comove. Negue esse fantasma e não lhe dê crédito algum.
Vigie seu coração. Se ele se agita, você está  perdido.
Se você perde, mantenha o espírito esportivo. Recomece com maior atenção, enriquecido de seus precedentes fracassos.
Se você ganha, continue até o fim do jogo na luz reencontrada.
Se você avança para a vida pela vereda do amor, avance com segurança. Tudo é verdade. Tenha confiança.
Toda porta que se fecha ou se abre é uma indicação preciosa a que você deve prestar fé. Tudo é mensagem dele. Tudo é Ele.
Quando seu espírito se agita, busque com o coração a verdade que se oculta. Afirme-a e lhe dê crédito. Vigie seu espírito. Se ele se agita, você está perdido.
Se você fracassa, seja um amante fiel, peça-lhe perdão e recomece com maior fé e mais amor, enriquecido de suas lágrimas.
Se você triunfa, permaneça no êxtase infinito da Paz reencontrada.
(SURYAKANTA)


In: A Felicidade pela consciência do ser: Yoga do Ocidente

quarta-feira, 15 de abril de 2015

A Sabedoria do Silêncio

Pense no que vai dizer antes de abrir a boca. Seja breve e preciso, já que cada vez que deixa sair uma palavra, deixa sair uma parte do seu Chi (energia). Assim, aprenderá a desenvolver a arte de falar sem perder energia.

Nunca faça promessas que não possa cumprir. Não se queixe, nem utilize palavras que projetem imagens negativas, porque se reproduzirá ao seu redor tudo o que tenha fabricado com as suas palavras carregadas de Chi.

Se não tem nada de bom, verdadeiro e útil a dizer, é melhor não dizer nada. Aprenda a ser como um espelho: observe e reflita a energia. O Universo é o melhor exemplo de um espelho que a natureza nos deu, porque aceita, sem condições, os nossos pensamentos, emoções, palavras e ações, e envia-nos o reflexo da nossa própria energia através das diferentes circunstâncias que se apresentam nas nossas vidas.

Se se identifica com o êxito, terá êxito. Se se identifica com o fracasso, terá fracasso. Assim, podemos observar que as circunstâncias que vivemos são simplesmente manifestações externas do conteúdo da nossa conversa interna. Aprenda a ser como o universo, escutando e refletindo a energia sem emoções densas e sem preconceitos.

Porque, sendo como um espelho, com o poder mental tranquilo e em silêncio, sem lhe dar oportunidade de se impor com as suas opiniões pessoais, e evitando reações emocionais excessivas, tem oportunidade de uma comunicação sincera e fluida.

Não se dê demasiada importância, e seja humilde, pois quanto mais se mostra superior, inteligente e prepotente, mais se torna prisioneiro da sua própria imagem e vive num mundo de tensão e ilusões. Seja discreto, preserve a sua vida íntima. Desta forma libertar-se-á da opinião dos outros e terá uma vida tranquila e benevolente invisível, misteriosa, indefinível, insondável como o TAO.

Não entre em competição com os demais, a terra que nos nutre dá-nos o necessário. Ajude o próximo a perceber as suas próprias virtudes e qualidades, a brilhar. O espírito competitivo faz com que o ego cresça e, inevitavelmente, crie conflitos. Tenha confiança em si mesmo. Preserve a sua paz interior, evitando entrar na provação e nas trapaças dos outros. Não se comprometa facilmente, agindo de maneira precipitada, sem ter consciência profunda da situação.

Tenha um momento de silêncio interno para considerar tudo que se apresenta e só então tome uma decisão. Assim desenvolverá a confiança em si mesmo e a Sabedoria. Se realmente há algo que não sabe, ou para que não tenha resposta, aceite o fato. Não saber é muito incomodo para o ego, porque ele gosta de saber tudo, ter sempre razão e dar a sua opinião muito pessoal. Mas, na realidade, o ego nada sabe, simplesmente faz acreditar que sabe.

Evite julgar ou criticar. O TAO é imparcial nos seus juízos: não critica ninguém, tem uma compaixão infinita e não conhece a dualidade. Cada vez que julga alguém, a única coisa que faz é expressar a sua opinião pessoal, e isso é uma perda de energia, é puro ruído. Julgar é uma maneira de esconder as nossas próprias fraquezas.

O Sábio tolera tudo sem dizer uma palavra. Tudo o que o incomoda nos outros é uma projeção do que não venceu em si mesmo. Deixe que cada um resolva os seus problemas e concentre a sua energia na sua própria vida. Ocupe-se de si mesmo, não se defenda. Quando tenta defender-se, está a dar demasiada importância às palavras dos outros, a dar mais força à agressão deles.

Se aceita não se defender, mostra que as opiniões dos demais não o afetam, que são simplesmente opiniões, e que não necessita de os convencer para ser feliz. O seu silêncio interno torna-o impassível. Faça uso regular do silêncio para educar o seu ego, que tem o mau costume de falar o tempo todo.

Pratique a arte de não falar. Tome algumas horas para se abster de falar. Este é um exercício excelente para conhecer e aprender o universo do TAO ilimitado, em vez de tentar explicar o que é o TAO. Progressivamente desenvolverá a arte de falar sem falar, e a sua verdadeira natureza interna substituirá a sua personalidade artificial, deixando aparecer a luz do seu coração e o poder da sabedoria do silêncio.

Graças a essa força, atrairá para si tudo o que necessita para a sua própria realização e completa libertação. Porém, tem que ter cuidado para que o ego não se infiltre… O Poder permanece quando o ego se mantém tranquilo e em silêncio. Se o ego se impõe e abusa desse Poder, este converter-se-á num veneno, que o envenenará rapidamente.

Fique em silêncio, cultive o seu próprio poder interno. Respeite a vida de tudo o que existe no mundo. Não force, manipule ou controle o próximo. Converta-se no seu próprio Mestre e deixe os demais serem o que têm a capacidade de ser. Por outras palavras, viva seguindo a via sagrada do TAO.

(Texto Taoísta)


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Sobre José, o Carpinteiro

"...das cinco vezes que a palavra “sonho” aparece no Novo Testamento, quatro se referem a José, o carpinteiro. Em todos estes casos, ela está sempre sendo convencido por um anjo a fazer exatamente o contrário do que estava planejando.
O anjo pede que ele não abandone sua mulher, embora ela esteja grávida. Ele podia dizer coisas do tipo “o que os vizinhos vão pensar”. Mas volta para casa, e acredita na palavra revelada.
O anjo o envia para o Egito. E sua resposta podia ter sido: “mas eu já estou aqui estabelecido como carpinteiro, tenho minha clientela, não posso deixar tudo de lado agora.” Entretanto, arruma suas coisas, e parte em direção ao desconhecido.
O anjo pede que volte do Egito. E José podia ter de novo pensado: “logo agora que eu consegui estabilizar de novo minha vida, e que tenho uma família para sustentar?”
Ao contrário do que o senso comum manda, José segue seus sonhos. Sabe que tem um destino a cumprir que é o destino de quase todos os homens neste planeta: proteger e sustentar sua família. Como milhões de Josés anônimos, ele procura dar conta da tarefa, mesmo tendo que fazer coisas que estão muito além de sua compreensão.
Mais tarde, tanto a mulher como um dos filhos se transformam nas grandes referências do Cristianismo. O terceiro pilar da família, o operário, é lembrado apenas nos presépios de final de ano, ou por aqueles que tem uma devoção especial por ele, como é o meu caso, e como é o caso de Leonardo Boff, para quem escrevi o prefácio de seu livro sobre o carpinteiro.
Reproduzo parte de um texto do escritor Carlos Heitor Cony (espero que seja mesmo dele, porque descobri na internet!): “ Volta e meia estranham que, declarando-me agnóstico, não aceitando a ideia de um Deus filosófico, moral ou religioso, seja devoto de alguns santos do nosso calendário tradicional. Deus é um conceito ou uma entidade distante demais para os meus recursos e até mesmo para minhas necessidades.Já os santos, porque foram terrenos, com os mesmos alicerces de barro de que fui feito, merecem mais do que a minha admiração. Merecem mesmo a minha devoção.
“São José é um deles. Os Evangelhos não registram uma única palavra sua, somente gestos, e uma referência explícita: "vir justus". Um homem justo. Como se tratava de um carpinteiro, e não de um juiz, deduz-se que José era acima de tudo um bom. Bom como carpinteiro, bom como esposo, bom como pai de um garoto que dividiria a história do mundo.”
Belas palavras de Cony. E eu, muitas vezes, leio aberrações do tipo: “Jesus foi para a Índia aprender com os mestres do Himalaia”. Para mim, todo homem pode transformar em sagrada a tarefa que lhe é dada pela vida, e Jesus aprendeu enquanto José, o homem justo, o ensinava a fazer mesas, cadeiras, camas.
No meu imaginário, gosto de pensar que a mesa onde o Cristo consagrou o pão e o vinho, teria sido feita por José – porque ali estava a mão de um carpinteiro anônimo, que ganhava a vida com o suor do seu rosto e, justamente por causa disso, permitia que os milagres se manifestassem."


(O homem que seguia seus sonhos, In: "Ser como um rio que flui", Paulo Coelho)

domingo, 12 de abril de 2015

Vida Material X Vida Espiritual

“Como conciliar pensamentos tão extraordinários com as necessidades comuns de toda a hora?”, perguntareis. "Não podemos desertar do mundo, abandonar nossas metrópoles para buscar a contemplação em meio da solidão; temos nossas dívidas a pagar a Admeto, e enquanto não a liquidamos, nossos pés permanecem sempre algemados", vos queixareis. "O mundo é duro e impiedoso, e nenhuma utilidade têm, para ele, as vossas vãs e vazias doutrinas. Não podemos viver de nuvens. Vossa filosofia é, quiçá, excelente para os que se sentam comodamente junto a uma lareira; mas como poderá ela auxiliar os que mourejam em meio de uma sociedade realista?", concluireis.
Estas perguntas encerram frequentes concepções errôneas acerca do que constitui a verdadeira espiritualidade, e começarei a respondê-las formulando de minha parte uma outra pergunta.
"Nunca vos vistes envolvidos por um daqueles furacões tropicais que se movem com um ímpeto aterrador?"
Por estranho que pareça, se isso vos acontecer, notareis que bem no centro do furacão existe um lugar perfeitamente calmo e inalterado. Assim, também, o homem que se conhece, atinge um equilíbrio mental tal que permanece imperturbável em meio da excitante atividade do mundo. Seu mais recôndito ser se mantém em imperturbado repouso, qualquer que seja o furacão da vida que o envolva, qualquer que seja o trabalho que faça e quaisquer que sejam os pensamentos que lhe afetem o intelecto.
Via de regra se considera a verdade espiritual uma I rogativa dos homens especulativos, perdidos em sonhos piedosos ou filosóficos. Que ela deve ser trazida para dentro do raio de ação do homem de ocupações é uma consideração que parece duvidosa, mas a história a tem não poucas vezes trai formado em fato.
É possível fundir a sabedoria deste mundo com  a sabedoria das coisas divinas? Por que não? Por que, por exemplo, não há de o pesquisador aliar-se ao administrador prático Conheço o dono de uma fábrica de produtos químicos numa província inglesa, que tentou fazer isto. Toda a sua organização, seu equipamento de laboratório, seus métodos de anúncio e seus produtos manufaturados se colocam facilmente, entre seus congêneres, como os melhores e os mais modernos. Ele trata seus numerosos operários na base da Regra de Ouro. Não há nada, dentro do bom senso, que não faça por eles, com d resultado de que não há nada razoável que os operários não façam para ele. Todas as noites, antes de se recolher para repousar após um dia de poeira e esforços — e esse  era o único tempo de que dispunha — dirige-se a um recanto sossegado de sua casa e dedica uma tranquila meia hora à quietude mental, extraindo daí uma paz sublime e energia alentadora, que o habilitam a manter uma secreta liberdade do espírito em meio de toda a mecanização de hoje. Ele tornou esta prática regular perfeitamente compatível com a vida ativa. Proporciona-lhe um equilíbrio interior em meio das  distrações e turbulências da presente existência. A força e sabedoria superiores que ele encontra no divino centro, são mais tarde aplicadas na ação efetiva em sua administração.
O administrador que objete não ter tempo nem ideia para interesses espirituais, porque seus afazeres materiais o absorvem totalmente, acha-se em triste condição. Qual é, então, o verdadeiro interesse do homem?
É justo considerarmos nossas necessidades materiais do momento, mas não é justo considerá-las sem uma referência a algo mais.
São numerosos os ocidentais que se sepultaram em seus negócios e mui raramente saem dali para observar que existe um sol espiritual lá em cima. Milhares de pensamentos se atropelam em suas cabeças da aurora ao crepúsculo: a noite e eles se entregam à colheita do que semearam. Em meio a todo este fértil campo de pensamentos e vida, que lhes resta? Mesmo quando sua saúde periclita e o médico lhes prescreve umas longas férias, tal é a sua escravidão que, embora não possam levar os negócios consigo, são obrigados a levá-los em suas mentes. Seus negócios constituem agora o seu Condutor, e eles, os jumentos carregados.
E vem um dia triste, mas inevitável na existência do homem, ao descobrir que, apesar de todo seu afã, não lhe sobrou nada nas mãos senão um punhado de folhas secas. Nesse dia talvez comece a perceber que a verdade espiritual não é uma ciência abstrata, nem uma abstrusa especulação; é um modo de vida, uma visão mais profunda do mundo. Talvez lhe seja doloroso chegar-lhe esse dia, porém isto é o prelúdio de uma felicidade meritória.
Os assuntos práticos da vida não mais existem para servi-lo, mas para tiranizá-lo. "As coisas selam e cavalgam a humanidade", disse Emerson algures, e isso calha aos homens desse tipo. A consciência que poderia libertar-se por um curto período do dia para adquirir a joia da interna paz espiritual, é compelida pela máquina que eles construíram ao seu redor a moer-se nas coisas triviais e pueris.
O homem, ansioso por aperfeiçoar suas máquinas, esquece-se de se aperfeiçoar a si próprio.
Divorciar a vida do espiritual é fazê-la perigar. O eu ativo deve ser alimentado pelas fontes espirituais do eu mais profundo. Cabe-nos equilibrar nossas atividades com a nossa contemplação. O intelecto crítico deve encarar a intuição visionária como amiga, não como inimiga; as capacidades comerciais devem colaborar com as imaginações espirituais; ao passo que nosso profundo egoísmo necessita andar de mãos dadas com nosso mais profundo altruísmo. Desta maneira cada qual de nós pode tornar-se o expoente de um profundo conceito em sua vida mais superficial.
Nossas vidas precisam achar o áureo meio termo. Precisamos diariamente manter-nos por alguns momentos em quietude mental, sem perder nossa capacidade para trabalhos práticos. Precisamos estabelecer um equilíbrio conveniente entre os elementos místicos e materiais de nossa natureza, por diferentes e incompatíveis que aparentemente sejam. Quem quiser seguir o Caminho Secreto aqui delineado, encontrará sem esforço esse equilíbrio. Advir-lhe-á natural e espontaneamente.

(Paul Brunton in O Caminho Secreto, Ed. Pensamento)

sábado, 11 de abril de 2015

25 Citações de Buda

Entre o sexto e o quarto século AC, um homem chamado Sidarta Gautama começou a virar a cabeça da população no leste da Índia, com sua profunda sabedoria espiritual. Ele recebeu o nome de “Buda”, que significa literalmente “o iluminado”, e até os dias de hoje, nos chegam muitos insights de seus ensinamentos.

Curiosamente, Buda nunca escreveu qualquer um dos seus ensinamentos citados a baixo. Semelhante a Jesus e Sócrates, o seu método de ensino era verbal e comunicativo. As tradições orais mantiveram a sabedoria de Buda viva até 400 anos após sua morte, quando então a primeira transcrição de seus ensinamentos surgiu.

Seu despertar ocorreu quando percebeu que não precisamos passar fome e sacrificar nosso corpo, como era comumente praticado na Índia na época para aumentar a clareza e sabedoria espiritual. Quando uma jovem ofereceu-lhe um pudim de leite e arroz como um ato de compaixão, ele percebeu que haviam mais lições No Caminho do que ele vinha ensinando.

2) “O caminho não está no céu. O caminho está no coração “.

3) “Um jarro enche gota a gota.”

4) “Todo ser humano é o autor da sua própria saúde ou da doença.”

5) “Para compreender tudo é preciso perdoar tudo”

6) “Melhor do que mil palavras ocas, é uma palavra que traga a paz.”

7) “Quaisquer palavras que pronunciamos, devem ser escolhidas com cuidado porque as pessoas ouvem e são influenciadas por elas, para o bem ou para o mal.”

8) “Ninguém nos salva a não ser nós mesmos. Ninguém pode e ninguém consegue. Nós mesmos devemos percorrer o caminho. “

9) “E no momento de uma polêmica em que sentimos raiva, já deixamos de lutar pela verdade e começamos a brigar com nós mesmos.”

10) “No céu, não há distinção entre oriente e ocidente; as pessoas criam distinções dentro de suas próprias mentes e depois acreditam nelas como verdade “.

11) “Aqueles que estão livres de pensamentos rancorosos certamente encontram a paz.”

12) “O ódio não cessa pelo ódio em nenhum momento. O ódio cessa com o amor. Esta é uma lei inalterável. “

13) “Tem que haver o mal para que então o bem possa provar sua pureza acima dele.”

14) “É fácil ver os defeitos dos outros, mas é difícil ver nossas própria falhas. Aquele que mostra os defeitos dos outros é como alguém que joga palha ao vento, mas encobre as próprias falhas como um jogador astuto quando esconde seus dados “.

15) “Eu nunca vejo o que tem sido feito; Eu só vejo o que resta a ser feito “.

16) “A mente é tudo. O que você pensa, você se torna. “

17) “Assim como tesouros são descobertos a partir da terra, a virtude aparece nas boas ações, e a sabedoria aparece a partir de uma mente pura e pacífica. Para caminhar com segurança através do labirinto da vida humana, é preciso a luz da sabedoria e a orientação da virtude “.

18) “Somos moldados por nossos pensamentos; nós nos tornamos aquilo que pensamos. Quando a mente é pura, a alegria segue como uma sombra que nunca vai embora. “

19) “Trabalhe por sua própria salvação. Não dependa de outros. “

20) “Vamos nos levantar e ser gratos, porque se nós não aprendemos muito hoje, pelo menos aprendemos um pouco, e se nós não aprendemos um pouco, pelo menos não ficamos doentes, e se ficamos doentes, pelo menos nós não morremos; assim, vamos todos ser gratos. “

21) “Não se pode percorrer o caminho até que você se torne o próprio caminho”

22) “Você não vai ser punido por sua raiva, você será punido pela sua raiva.”

23) “Conquistar a si mesmo é uma tarefa maior do que conquistar outros”

24) “Três coisas não podem ser escondidas por muito tempo: o sol, a lua, e a verdade.”

25) “Tenha compaixão por todos os seres, ricos e pobres; cada um tem o seu sofrimento. Alguns sofrem demais, outros muito pouco. “

Fonte: Steven Bancarz Spirit Science


domingo, 5 de abril de 2015

Sobre o Sábio e a Sabedoria

Um homem ignorante considera que um outro seja sábio, iluminado, e o identifica a um corpo físico.
Essa falsa identificação é devida ao fato de que o ignorante desconhece o Ser e o confunde com seu próprio corpo.
Ele comete o mesmo erro em relação ao sábio e confunde a sabedoria deste com a aparência física.
Como o ignorante se imagina o autor de seus atos e considera suas atividades físicas como sendo realmente suas, ele crê igualmente que o sábio age quando o corpo dele age.
Mas o sábio conhece a Verdade e não é vítima dessa confusão.
Antes de conscientizar-se do divino, as -ações de um homem refletem as expressões do ego profano, da mente pensante.
Consciente do divino, suas ações são uma manifestação da Luz Eterna.
A pressão da ignorância não pode tornar-se sabedoria.
O sábio age para eliminar a ignorância espiritual das pessoas, enquanto que o ignorante trabalha para multiplicar a ignorância delas.
O trabalho de conscientização espiritual deve ser feito por cada um, levando em consideração apenas os sagrados ensinamentos, não se preocupando com a opinião das outras pessoas e mantendo o equilíbrio total diante de todas as circunstâncias da vida.
Quem mantém o equilíbrio é dono de si mesmo.
Sri Krishna disse:
"Aquele que não se alegra no momento de alegria, não se preocupa no momento de miséria e não tem cólera, nem medo, nem apegos, é um sábio".
(Ramana Maharshi in “Ramana Meu Mestre”, de Swami, Sri Maha Krishna, Ed. SMKS)

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Sobre os Mestres

Um Mestre é alguém que meditou apenas em Deus, atirou toda a sua personalidade no mar de Deus, afogou-a e esqueceu-a ali, até tornar-se apenas o instrumento de Deus e quando sua boca se abre fala palavras de Deus sem esforço nem planejamento prévio; e quando ergue a mão, Deus flui novamente através dela, realizando um milagre.

Não leve em grande consideração os fenômenos físicos e coisas que tais. Eles são inumeráveis; e uma vez estabelecida a fé no coração daquela que busca, esses fenômenos terão cumprido suas finalidades.
Clarividência, clariaudiência e coisas semelhantes não valem a pena, quando uma iluminação tão maior e uma paz tão maior são possíveis sem elas e não com elas. O Mestre assume tais poderes como uma forma de auto-sacrifício!
A ideia de que um Mestre seja alguém que desenvolveu poderes sobre forças e sentidos ocultos através de longa prática, orações ou coisa parecida, é absolutamente falsa. Mestre algum jamais deu a mínima importância aos poderes ocultos, pois não necessita deles na vida cotidiana.
Os fenômenos que vemos são curiosos e surpreendentes — mas o mais maravilhoso de tudo não percebemos: uma, e apenas uma, força ilimitada é responsável por:
a) Todos os fenômenos que vemos; e
b) O ato de vê-los.
Não fixe sua atenção sobre essas coisas mutáveis da vida, morte e fenômenos. Não pense sequer no próprio ato de vê-las ou percebê-las, mas apenas naquilo que vê essas coisas — aquilo que é responsável por tudo.

Trecho de um resumo enviado a um amigo e posteriormente publicado na International Psychic Gazette por F. H. Humphreys, devoto de Sri Ramana Maharshi in "Ramana Maharshi e o Caminho do Autoconhecimento" de Arthur Osborne, Ed. Pensamento.

Sobre a Religião

A Religião, seja ela cristianismo, budismo, hinduísmo, teosofia ou qualquer outra espécie de ismo ou sofia ou sistema, pode apenas levar-nos àquele ponto em que todas as religiões se encontram e não além.

Aquele preciso ponto em que as religiões todas se encontram é a compreensão - não em sentido místico, mas no sentido mais mundano e terra-a-terra, e quanto mais mundano e terra-a-terra melhor - do fato de que Deus é tudo e tudo é Deus.

Desse ponto em diante começa o trabalho da prática dessa compreensão mental e o resultado é o rompimento de um hábito. É preciso deixar de chamar as coisas de "coisas" e chamá-las de Deus; e, ao invés de pensá-las como coisas, é preciso saber que são Deus.

Ao invés de imaginar a "existência" como a única coisa possível, deve-se compreender que esta existência (fenomenal) é apenas uma criação da mente, que a não-existência é uma sequência necessária desde que a postulemos a "existência".

O conhecimento das coisas só mostra a existência de um órgão a ser conhecido. Não há sons para o mudo, visões para o cego e a mente é apenas um órgão de concepção ou apreciação de certos aspectos de Deus. Deus é infinito e, por conseguinte, existência e não-existência são apenas contrapartidas dele.

Não pretendo dizer que Deus seja composto de partes definidas. É difícil ser inteligível ao falar de Deus. O verdadeiro conhecimento vem de dentro e não de fora. E o verdadeiro conhecimento não é "saber" mas "ver"."

Trecho de um resumo enviado a um amigo e posteriormente publicado na International Psychic Gazette por 
F. H. Humphreys, devoto de Sri Ramana Maharshi in "Ramana Maharshi e o Caminho do Autoconhecimento" de Arthur Osborne, Ed. Pensamento.